terça-feira, 25 de novembro de 2014

Ode ao Vento Oeste - um poema de Shelley

Fonte da imagem:www.educadora.am.br 
Ode ao Vento Oeste

  "Ó selvagem vento oeste, tu que que és o alento do Outono,
   Tu que arrastas com a tua invisível presença,
As folhas mortas, como fantasmas a fugir  dum feiticeiro.

Faz de mim a tua lira, mesmo que seja como a floresta,
Que importa, se as minhas folhas caírem como as dela?
       O tumulto das tuas poderosas harmonias
      Receberá de ambos um profundo timbre outonal,
          Embora  doce e triste. Sê, Espírito selvagem,
      A minha Alma! Sê tu eu próprio, ó impetuoso!

Conduz os meus pensamentos mortos pelo universo fora,
Como folhas murchas, para apressar um novo nascimento.
               E pela magia destes versos,
       Espalha, como se fossem as cinzas e as centelhas
Dum fogo inextinguível, as minhas palavras pela humanidade!
    Sê, através dos meus lábios, para a terra adormecida
            A trombeta duma profecia! Ó vento,
      Se  o Inverno chega, pode a Primavera tardar?"

    Shelley - no livro - A Alegria de Viver com a Natureza
                         de Edith Holden

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