sábado, 23 de novembro de 2013

Portugueses estão a desenvolver uma Vacina contra a Malária

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Cientistas  portugueses estão a desenvolver uma Vacina contra a Malária.

Um financiamento de 902 mil Euros da Fundação Gattes irá  permitir a uma equipa internacional, liderada por  um laboratório português, continuar a testar uma potencial vacina com parasita transgénico, que já deu resultados preliminares positivos.

Uma vacina contra a malária está a ser concebida por portugueses desde 2010. Na altura, Miguel Prudêncio, investigador e líder de uma equipa no Instituto de Medicina Molecular (IMM), em Lisboa, recebeu 100 mil dólares da Fundação Bill & Melinda Gates depois de concorrer a um financiamento de Fase I do programa Grand Challenges Explorations. Agora, passados três anos, o investigador volta a ser premiado pela fundação, desta vez com 902 mil euros, para continuar o projecto. Se tudo correr bem, daqui a dois anos começarão os primeiros ensaios clínicos em humanos para testar uma candidata a vacina, cuja ideia nasceu em Portugal.


O conceito de Miguel Prudêncio é simples. É preciso um parasita da malária de roedores, que não causa a doença em humanos, mas interage o suficiente com o sistema imunitário para provocar a imunização. Depois, é preciso inserir um gene do parasita humano no parasita de roedores, para criar uma imunização dirigida à malária humana. A ideia funcionou. O novo financiamento da fase II vai servir agora para fazer as últimas experiências preliminares, desenvolver um método de produção in vitro do parasita de roedores e vai ajudar a fazer a aplicação do pedido para a realização de ensaios em humanos na Holanda. Miguel Prudêncio está esperançoso, mas o investigador sabe que ainda há muitos desafios para ultrapassar, ou não fosse esta uma doença muito
 complexa...


 ...Nas últimas décadas, foram feitas várias tentativas para produzir uma vacina. A de Manuel Elkin Patarroyo, um patologista colombiano, muito referida na década de 1990, revelou-se ineficaz. Ao todo, 27 vacinas chegaram aos ensaios clínicos em humanos. A RTS, S/AS01, da GlaxoSmithKline, que utiliza parte da proteína circunsporozoito para provocar a imunidade, está na fase III (estudos comparativos para demonstrar a segurança, eficácia e benefício terapêutico). Mas os resultados não são animadores, a vacina dá imunidade a menos de metade das pessoas. O projecto de Miguel Prudêncio será um de muitos que ainda estão na fase prévia de experimentação no laboratório.

“Queríamos fazer os ensaios em Portugal”, diz Miguel Prudêncio. “Mas não há precedentes deste tipo de ensaios cá e a fundação já conhece esta universidade, tem confiança e diz que assim será mais rápido.”

Por cá, vão ser feitos mais alguns ensaios pré-clínicos e irá ser aprimorada uma técnica para criar o Plasmodium berghei in vitro, sem necessitar dos mosquitos. Só nesta espécie é que se demonstrou que a técnica é possível, o que facilitaria muito, no futuro, a produção de uma vacina. A equipa está em contacto com a cientista que desenvolveu a técnica. É um “grande desafio”, diz-nos Miguel Prudêncio, que garante que a produção de uma vacina demorará bem mais de dez anos – se tudo correr bem. “Temos todas as razões para acreditar que os resultados experimentais vão ser os que estamos à espera.”
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Nota:

Estou em crer que os cientistas portugueses terão a competência e a persistência necessárias para concluir este audacioso  e importante projecto humanitário que salvará milhões de vidas por esse mundo fora.
Que o Deus de amor e de toda a sabedoria, assim os ajude.

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